26.10.11

Eu era pedinte!

Uma vez alguém disse "Não me arrependo do que faço, arrependo-me do que deixo por fazer".

Estou propensa a achar que fui eu que, noutra encarnação, passei este saber aos meus netinhos que certamente se tornaram grandes marinheiros e foram por esses mares fora explorar algas e o efeito da lua nas marés. E, certamente, que me traziam lulas e polvo pela altura do Natal (blhaaaac!).

Eu não estou a dizer isto aleatoriamente. É que hoje enquanto estava no comboio reparei que uma rapariga estava a olhar fixamente para mim e após um instinto de desviar o olhar reparei que ela continuava a olhar para mim. Pensei logo que com aquele olhar, ela só podia ser do reino das trevas. Devia ter vestido o meu fato de ninja!


Mas depois respirei fundo, oxigenei o cérebro e então formulei uma teoria mais racional, tendo, assim, chegado à conclusão que, provavelmente éramos rivais de rua e lutávamos pelo mesmo cantinho. Isto eram peripécias de uma outra encarnação em que eu era pedinte. Bons velhos tempos...
E qual o porquê desta conversa toda? Sabes quando vês uma pessoa e sentes qualquer coisa que não é orgásmica, não é assustadora, nem tão pouco confortante? É, apenas, uma sensação de reconhecimento quando tu tens a certeza absoluta que não conheces a pessoa. Pois bem, tenho a dizer que acredito piamente que as nossas almas retêm algumas memórias pouco objectivas de umas vidas para as outras.
Que outra explicação poderia haver para aquele olhar fixado da rapariga?

Calma, será que aquele olhar era por eu estar tão encharcada que 120 por cento de mim era água?? Na.. isso não faz sentido nenhum!

E nisto, fiz-lhe uma careta de chinese poker face (créditos vão para a Mériana) e continuei a ouvir
And you don't look back, not for anything.
'Cause if you love someone, you love them all the same.




e NISTO...
 ...FUI!






ps: sou um fantasma!

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