14.5.12

Uma semana e peras!






" Maldição!" já diria a legenda do Doraemon no canal Panda. Ora, deve ter sido isto que me aconteceu na semana que passou. Isso ou sucedeu um fenómeno de entrelaçamento de uns planetas com umas estrelas que fizeram as manas gregas baralhar os caminhos do meu destino.

E cá vai o relatório:

1.       Levanto-me eu, num belo dia de sol, e feita linda vou descer as escadas. Nisto, as escadas limpinhas fizeram com que este rabiosque descesse cerca de oito escadas em menos de dois segundos.
Partes lesadas: rabiosque, cotovelo e omoplata.


2.       "Ah e tal já ia estudar para a varanda" Então lá fui buscar o tapete e quando o estou a tentar estender no chão para mimar o meu rabiosque ferido, eis que malho novamente.
Partes lesadas: joelho direito.


3.       Levanto-me eu no dia seguinte, vestindo uma roupita fresquinha devido ao Sol que brilharia lá fora, quando abro a porta da rua e vejo o chão todo molhado.
Parte lesada: braços (que morreram de frio).


4.       Entro no carro, ligo o carro, ponho a primeira, retiro o pé do travão e calmamente deixo o carro descer a rua. Dois metros percorridos e PTTCHHhhBrrr, o espelho do retrovisor esquerdo cai no chão e estatela-se todo ficando os bocadinhos colados no papel que o mantinha no retrovisor.
Partes lesadas: carro.

5.       Estaciono o carro junto à linda estação de Campolide, reparo nas horas e percebo que o comboio está prestes a chegar. Fecho o carro, corro que nem uma tresloucada, desço as escadas e ouço o pip pip pip antes de eu conseguir entrar pelas portas automáticas. Primo continuamente no botão mas.. tarde demais, o comboio partiu sem mim.
Partes lesadas: todo o meu sistema circulatório e algumas células sanguíneas que devem ter rebentado devido ao aumento súbito da pressão.

6.       E eis que toda esta maldição me caiu em cima no dia mais importante da semana. E sim, o meu carro deu o berro na altura mais imprópria. E porque não quero rever esta parte que ainda me amesquinha a alma vou só pedir desculpa às partes lesadas (e refiro-me às recentes pastranas cuja primeira serenata foi arruinado) e agradeço com todo o meu coração às pessoas que me ajudaram (Sim, Aninha e Mé, é convosco).




P.S: Herdeira, obrigada pela compreensão v.v Gosto-te!





e NISTO...

 ...FUI!

5.5.12

Senhor portageiro...


Quinta, quarta, terceira..
..vamos pôr isto em ponto morto que o carro chega ao fim da fila sozinho. 

E é assim que começa a azáfama da portagem para a ponte que um senhor, cujo nome é frequentemente utilizado na minha cozinha aquando a preparação de um delicioso bolo, decidiu mandar construir.

Primeiramente vem o baixar do volume da música, depois abre-se a janela do condutor e pede-se aos céus que o carro não vá abaixo cada vez que tenho de pôr a primeira e andar três milímetros.

(No dia em que me armei em esperta e decidi esperar mais um pouco para avançar ouvi uma buzinadela do automóvel de trás que até me estremeceram as cúspides dos terceiro molares superiores.)


A procura exaustiva da carteira no meio de uma mala atafulhada de coisas e a coordenação dos meus pés nos pedais ao mesmo tempo que calculo o espaço entre o meu carro e o carro da frente faz os primeiros suores surgir atrás da minha orelha esquerda que está a ser queimada pelo sol.

Nisto, finalmente chega a minha vez de pagar a módica quantia de um euro e cinquenta e cinco cêntimos (UMA ROUBALHEIRA!).

Estico a minha mão com as moedinhas contadas trezentas milhões de vezes e BOM DIA, digo eu toda simpática para o homenzinho trombudo enfiado lá naquele cubículo. O senhor decide não me responder. Em vez disso, estica o seu braço e num gesto brutesco raspa aquilo que parecem bicos de tesouras afiadas a rasgar a minha pele e apanha o dinheiro guardado na palma da minha mão.



 
E foi neste dia que eu deveria ter dito:
"Senhor portageiro, já cortava a unhaca, não?"







e NISTO...

 ...FUI!

1.5.12

Dói o pezinho!




Sim, eu gostava de dizer, vaidosamente, que faço parte daquilo que é a Academia de Lisboa, mas orgulho não é propriamente o sentimento que fica depois de assistir à suposta Monumental Serenata da semana académica de Lisboa.

Uma indecente rebaldaria ornamentada com egoísmo, desrespeito e acima de tudo muita falta de valores.

A serenata é aquele momento em que as baladas das tunas fazem os padrinhos e os afilhados envolverem-se no seu primeiro traçar de capa ao ponto de os olhos se tornarem pontos de passagem das Tágides. Esta serenata foi tudo menos isso. A única choradeira que eu vi, proveio de uma caloira decadente a berrar que nem uma cabritinha por estar num estado de embriaguez incontrolado. E claro que a Serenata também é o palco ideal para pindériquices como dar chapadas ao ex-namorado.

E depois ainda se queixam que a praxe é demasiado dura. Quem não tem estofo para a praxe, não tem legitimidade para envergar o traje. E é por isso que o primeiro ano de praxe é tão importante para incutir valores que certas pessoas não têm.
Se antes se celebrava a inteligência dos universitários nestes eventos académicos, onde envergar o traje era um símbolo de maturidade e conquista de um lugar digno na sociedade. Hoje, pelo que presenciei, ontem na serenata de lisboa, envergar o traje académico é, para muita gente, como vestir um fato de treino e ir dar umas voltinhas por aí...

E devia, também, referir a triste escolha do local para a Serenada mas, sinceramente, com este tipo de comportamentos, até o local era mais digno que as pessoas.

Tenho muita pena em dizer isto, mas ontem senti-me envergonhada de estar trajada no meio de pessoas assim.

E é nestas altura que eu agradeço ao Minotauro por a nossa faculdade ter uma serenata privada, onde o momento é realmente encarado com respeito e decência.





e NISTO...

 ...FUI!