Pois bem, após cerca de 50 milhões de anos ausente do mundo,
Alice Figueiredo voltou!
E o que é que eu istibe a fajer nos intretántos? Sim, estive
na Santa Terrinha, onde todos os anos são celebradas duas grandes festas em louvor
a santinhos. O irónico disto é ver o palco, onde de manhã foi rezada a missa,
cheio de moças despidas a abanar o bum bum ao som de músicas letradas com
palavras ordinárias que provocam, no povo, reacções de êxtase.
Já lá vai o tempo em que eram os Santa Maria ou os Anjos a
encher o recinto de jovens e velhotes, todos felizes e em harmonia. Hoje em dia,
é só loiras que nem se dignam a levar consigo músicos, apenas meninas despidas
e uma voz irritante. Infelizmente, é a isto que o nosso povo se reduz. Reclamam
de um bom espetáculo de pirotecnia e aplaudem "artistas" que mais
depressa se assemelham a porcas desnaturadas. Vai-se a ver e afinal o porco no
espeto era porca.. who knows?
Bem, mas isto não foi só desgraças! Pela primeira vez na
vida da Santa Terrinha houve gaitas de foles a animar a procissão onde os bois
também fizeram questão de desfilar.
Foi bonito! (mas bonito, bonito são os t...)
Adiante.
O Gerês desiludiu, talvez o nevoeiro não tenha
ajudado muito. Já Chaves, com as suas casinhas azuis e os jardins do castelo
bem arranjadinhos, surpreendeu. Em Montalegre come-se bem, confere.
Na Régua vi
aquilo que já não via há algum tempo, coisa, essa, que se intitula de
"passagem de nível". Pela primeira vez em muitos anos, detive-me em
frente à cancela com um sorriso de criancinha, expectante por assistir ao
passar da locomotiva. Mas enfim, a Régua já está no coração há muitos anos. Não
há paisagem sobre o Douro como a das vinhas do Peso da Régua.
Peso da Régua
E na A24, uma pessoa sente-se estrangeira no próprio país.
Entre as centenas de carros franceses, suíços, espanhóis e luxemburgueses vi
três portugueses, onde dois deles eram camiões. E é exactamente por não ser
rica que só fiz a gracinha há ida. Quando voltei, suportei as curvas e
contracurvas da nacional e não me arrependo.
Bom mesmo é ter um GPS que só me manda por caminhos de
cabras e é tão estúpido que no carro só se ouvem coisas com: "Aqui à direita?? Essa
gaija é parva!"
Por sorte, não foi preciso o GPS para chegar às ruinas do
mosteiro para o lançamento do livro do homenzinho. E por falar em mosteiro,
acabei com a Jaquetta de Luxemburgo. Foi giro enquanto durou mas não foi feito
para durar eternamente. Descanse em paz a "Senhora dos Rios"
e NISTO...
...FUI!

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