29.8.12

Bailando com a mula dela



Pois bem, após cerca de 50 milhões de anos ausente do mundo, Alice Figueiredo voltou!

E o que é que eu istibe a fajer nos intretántos? Sim, estive na Santa Terrinha, onde todos os anos são celebradas duas grandes festas em louvor a santinhos. O irónico disto é ver o palco, onde de manhã foi rezada a missa, cheio de moças despidas a abanar o bum bum ao som de músicas letradas com palavras ordinárias que provocam, no povo, reacções de êxtase.
Já lá vai o tempo em que eram os Santa Maria ou os Anjos a encher o recinto de jovens e velhotes, todos felizes e em harmonia. Hoje em dia, é só loiras que nem se dignam a levar consigo músicos, apenas meninas despidas e uma voz irritante. Infelizmente, é a isto que o nosso povo se reduz. Reclamam de um bom espetáculo de pirotecnia e aplaudem "artistas" que mais depressa se assemelham a porcas desnaturadas. Vai-se a ver e afinal o porco no espeto era porca.. who knows?

Bem, mas isto não foi só desgraças! Pela primeira vez na vida da Santa Terrinha houve gaitas de foles a animar a procissão onde os bois também fizeram questão de desfilar.
Foi bonito! (mas bonito, bonito são os t...)

Adiante. 

O Gerês desiludiu, talvez o nevoeiro não tenha ajudado muito. Já Chaves, com as suas casinhas azuis e os jardins do castelo bem arranjadinhos, surpreendeu. Em Montalegre come-se bem, confere. 
Na Régua vi aquilo que já não via há algum tempo, coisa, essa, que se intitula de "passagem de nível". Pela primeira vez em muitos anos, detive-me em frente à cancela com um sorriso de criancinha, expectante por assistir ao passar da locomotiva. Mas enfim, a Régua já está no coração há muitos anos. Não há paisagem sobre o Douro como a das vinhas do Peso da Régua.

 

Peso da Régua

E na A24, uma pessoa sente-se estrangeira no próprio país. Entre as centenas de carros franceses, suíços, espanhóis e luxemburgueses vi três portugueses, onde dois deles eram camiões. E é exactamente por não ser rica que só fiz a gracinha há ida. Quando voltei, suportei as curvas e contracurvas da nacional e não me arrependo.

Bom mesmo é ter um GPS que só me manda por caminhos de cabras e é tão estúpido que no carro só se ouvem coisas com: "Aqui à direita?? Essa gaija é parva!"

Por sorte, não foi preciso o GPS para chegar às ruinas do mosteiro para o lançamento do livro do homenzinho. E por falar em mosteiro, acabei com a Jaquetta de Luxemburgo. Foi giro enquanto durou mas não foi feito para durar eternamente. Descanse em paz a "Senhora dos Rios"





e NISTO...

 ...FUI!

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