21.11.11

Butt Freezing Benches


Porque de manhã está frio e nada como fazer bancos que esfriam o rabiosque. Não vá o pessoal adormecer.

Provavelmente, um deputado inteligente (Impossibru!) propôs uma medida para o combate à pouca produtividade matinal baseada no facto de as pessoas chegarem ao trabalho num estado de amolecimento pouco eficaz na progressão.


- Oh Chô primeiro ministro, isto o pessoal que trabalha neste país e que sustenta as despesas de manutenção da piscina lá de casa acorda cedo mas depois vai para o comboio e chega ao trabalho a dormir outra vez.

- Boa constatação! Palmas para o lindo deputado. tome lá um biscoito. O que propõe?

- Olhe, eu proponho Butt Freezing Benches nas estações, assim  aquelas pessoas que, armadas em espertas, apanham o comboio mais cedo com o intuito de não sofrerem o stress matinal que é correr nas filas das escadas, atropelar indivíduos pelo caminho e mesmo assim ficar preso nas portas automáticas da ultima carruagem da locomotiva, quando chegam aos bancos da estação para esperarem pela outra locomotiva não conseguem adormecer mais cinco minutos e chegam fresquinhas ao trabalho. O que acha Chô primeiro?



Diz NÃO à extorsão daqueles últimos cinco minutos!





e NISTO...
 ...FUI!

15.11.11

In these bodies we will live, In these bodies we will die

Numa moldura invisível, pequerrucha, de cabelo curto e castanho claro, expressão marota impressa no rosto, roendo a unha e vestida com um pijama cor de rosa.

É assim que descrevo, sem rodeios românticos, a fotografia da minha infância que está tão presente no meu dia-a-dia que até parece que me lembro de a ter tirado.
Não faço ideia porquê, mas sempre que passo, de pijama, pela esquina que fica entre o meu quarto e a casa de banho, sinto-me 16 anos mais nova, com menos um metro, tanto de altura como de cabelo e mesmo que o meu pijama não seja cor de rosa, sinto o impulso de pôr a unha entre os dentes e fazer aquele ar de quem vai fazer alguma..




Mas somehow eu cresci e já não sou aquela criatura amorosa que eu não me importava de ser para sempre. 

Peter, onde estavas tu quando eu era fofinha??
É triste ser apaixonada pelo meu eu infantil? Bahh se calhar é!

Ser grande sucks big time! Hei-de ter 50 anos e continuar a dizer isto.
E agora há que ir fazer coisas de gente crescida tais como beber chá acabadinho de fazer.


e NISTO...
 ...FUI!

14.11.11

Quentes e BOAS!

Uma daquelas profissões a que não se dá  muita importância é aos vendedores de castanhas. Mas quem é  que não gosta de sair do comboio, ao final do dia, ser encharcado com uma ventania gelada, que até nos faz esquecer que temos nariz, e a coisa mais quentinha nas redondezas ser um "Quentes e Boas!" acompanhada por um cheirinho a carvão queimado?

Antigamente, sabia-se que o Outono tinha chegado, nem tanto pelas folhas amareladas no chão, mas mais por estes senhores virem para a rua. Mas hoje em dia são poucos os resistentes.




Eu nunca gastei dinheiro meu numa dúzia de castanhas assadas, o que faz de mim mais uma criatura que, infelizmente, contribui para a extinção desta profissão. No entanto, fica aqui prometido que, caso me encontre sem emprego, vou vender castanhas assadas para a porta das estações dos comboios ou do metro ou seja do que for.

E vou ser muito feliz! Não extremamente feliz porque não há nada mais insuportável que uma pessoa tentar vender seja o que for enquanto transpira felicidade. Há que ser moderado!

A luta pela não extinção dos vendedores de castanhas começa aqui!


E sim, eu tenho um soito.




e NISTO...
 ...FUI!

5.11.11

Quando é suado dá mais prazer!

Não! Não vou escrever um monólogo erótico, mas deixem-me dizer que não há nada como experimentar sensações.

Na primeira vez, os nervos assaltam-nos. Mesmo sem nós darmos conta, eles aparecem nos momentos cruciais para nos pressionar a fazer tudo direitinho e quando algo corre mal, parece que o universo está lá sempre para nos dar uma chapada na cara, tão valente, que quase nos põe a chorar.
Depois vem a fase em que a culpa é de toda a gente menos nossa, principalmente dele.  A CULPA  É DELE!! 
Mas depois disso, acalmamos a nossa mente e aceitamos que a culpa, na realidade, é mesmo nossa. Fomos nós que errámos.
Depois desta fase, mentalizamo-nos que temos de treinar, o nosso problema é falta de exercitação, mas o que acontece é que se torna cada vez mais aborrecido e nós vamos deixando de nos empenhar tanto.

Quando o grande dia chega, chuvoso e pouco risonho, sentimos uma excitação que da primeira vez não estava lá. Estamos mais abertas aos erros mas, acima de tudo, mais confiantes que ele nos vai aprovar.
Quando ele chega, nós já estamos todas molhadas (Winning!) da chuva. Os pés, nos pedais, escorregam mas a adrenalina leva-nos numa viagem por detrás do arco-íris.

E depois de ter ameaçado o homem com uma bazuca que trago, normalmente, no bolso (do Doraemon que protege as minhas chaves),  ele lá decidiu que o melhor para a vida dele era não se atravessar no meu caminho.
E foi mais ou menos assim que eu fiz a carta de condução.

Agora é que ninguém me pára! Muahahaha!!





e NISTO...
 ...FUI!